Depois de quase dois anos de pandemia do coronavírus e das recomendações de isolamento social, o home office – trabalho remoto de outros locais fora do ambiente da empresa, como escritórios de coworking – entrou definitivamente na rotina dos trabalhadores.
Com a novidade, muita gente tem compartilhado suas experiências, as vantagens e desvantagens do home office. Entre as reclamações listadas encontramos a dificuldade de organizar as atividades do dia dentro do horário de trabalho sem interferir na vida em família, filhos em casa, animais de estimação, barulho de vizinhos, falta de estrutura ergonômica, entre outras de uma longa lista.
É importante destacar que muitas dessas situações têm sido solucionadas pelas empresas. Por exemplo, algumas passaram a permitir o trabalho híbrido, ou seja, parte em casa e parte no escritório quando o lar não estiver adequado à concentração. Outras, providenciaram estações de trabalho com tecnologia e ergonomia adequadas, algumas até com ajuda de custo para internet e telefonia.
No entanto, um problema um pouco mais delicado e de solução nem sempre fácil tem chamado a atenção de líderes e profissionais de gestão de pessoas: a solidão.
Maioria prefere o sistema de home office parcial
Uma pesquisa realizada pela Pulses no início de 2020, quando a pandemia e o isolamento social começavam no Brasil, apontava que 78% dos trabalhadores se consideravam mais produtivos trabalhando em sistema de home office.
Um outro estudo chamado “Hábitos de Home Office no Brasil”, um relatório da consultoria Conversion, também no primeiro semestre de 2020, mostrou que a maioria das pessoas não gostaria de abrir mão 100% do escritório. Entre os entrevistados, a maioria, 53% gostariam de um modelo híbrido, enquanto para 23% a preferência é pelo trabalho totalmente remoto. Já, para 26,5%, o ambiente da empresa é o melhor para se trabalhar.
Ainda na pesquisa da Conversion, 71% dos entrevistados citaram como vantagem ter mais tempo com a família. Contudo, Bem Fanning, autor do livro “The Quit Alternative: The Blueprint for Creating the Job You Love Without Quitting” (“A alternativa ao desistir: o plano para criar o emprego que você ama SEM desistir”, em tradução livre) em entrevista para a CNN, afirma que mesmo em companhia da família, ainda assim o profissional poderá sofrer de solidão.
Home office nas pequenas e médias empresas
Um outro estudo mais recente realizado pela Capterra traz dados muito interessantes, já que a pesquisa foi realizada apenas no universo das pequenas e médias empresas (PMEs). Os resultados mostram que 20% dos entrevistados sofrem de solidão e que apenas 8% tomaram a iniciativa de falar com seus líderes sobre seu bem-estar mental.
Este é um ponto de atenção importante para as empresas, pois em um momento em que o home office acabou sendo imposto, o problema tende a ser amplificado entre aqueles trabalhadores que não tiveram opção e não se sentem totalmente confortáveis trabalhando de casa o tempo todo. E isso tem reflexo direto em sua relação com os colegas e em sua performance.
Caso queira saber mais sobre cultura corporativa e sua importância para o empreendedor, clique aqui e leia essa outra matéria aqui do blog que pode lhe ajudar.
Solidão: A importância das relações interpessoais
As relações entre colegas, sejam horizontais (entre membros de uma equipe e entre departamentos) ou verticais (na troca entre hierarquias, como entre lideranças e suas equipes), são parte fundamental no desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores.
A tecnologia tem encontrado diversos meios para facilitar essa conexão de forma remota avançando a cada dia com novidades. No entanto, é sempre importante lembrar que o ser humano é um ser sociável por natureza. Nós temos a necessidade de nos comunicar, de interagir.
Talvez, seja exatamente por isso que as pesquisas apontam a preferência por um modelo híbrido, com o tempo compartilhado entre o trabalho remoto e no escritório. Ou seja, o segredo para evitar essa solidão está no equilíbrio entre os dois mundos.
“A saudade que dói mais fundo é a saudade que temos de nós”
Esta frase de Mário Quintana nos provoca para uma das causas dessa solidão, que é a saudade do que vivemos. Afinal, não é raro em um momento como esse sentirmos saudade daquele colega com quem não nos dávamos muito bem e até mesmo do chefe ranzinza. Isso acontece porque nos sentimos só quando nossa mente começa a acreditar que o passado foi melhor do que podemos esperar do futuro.
A saúde mental deve ser, com certeza, uma preocupação e estímulo de ações por porte da empresa para minimizar efeitos como o da solidão. No entanto, os próprios colaboradores também podem fazer sua parte para garantir o seu próprio bem-estar.
Algumas dicas para evitar a solidão no home office:
– Converse com seus colegas mais do que apenas sobre trabalho
Uma das tradições que mais sofreram uma ruptura com o trabalho remoto foram as conversas casuais, o papo na hora do cafezinho e as piadas. Pequenos detalhes que tem um papel imenso para deixar a rotina mais leve e prazerosa.
– Saiba dividir o horário de trabalho e sua vida pessoal
Para quem começa a trabalho de casa pela primeira vez, esse é um dos grandes desafios. Programe suas atividades profissionais apenas durante o seu horário de trabalho. Se necessário, crie alertas e use equipamentos específicos que você possa se desconectar, como contas de e-mails profissionais e celulares corporativos.
– Ao menos um dia da semana escolha um local diferente para trabalhar
Se a sua empresa adotou a possibilidade do trabalho parcial, mesmo que opcional, tente ir até o escritório ao menos uma vez na semana. Caso o seu empregador não tenha mais um espaço físico para oferecer, você pode encontrar algum espaço compartilhado, como um coworking.
Um escritório de coworking pode aliviar a solidão do home office
Experimentar um ambiente de trabalho compartilhado em um coworking tem sido uma ótima solução para evitar a solidão ou outros desconfortos emocionais do trabalho isolado em casa.
Um exemplo de como funciona um ambiente como esse é a Mango Tree, um coworking em São Paulo que em sua área compartilhada recebe profissionais que têm uma boa estrutura em casa, mas não abrem mão de ter um local alternativo para evitar a solidão. Lá encontram outros profissionais, trocam ideias e recobram um pouco do que era sua cultura corporativa.
Mas também existe um outro público migrando para o coworking, as pessoas que além do bem-estar mental, também tem dificuldade em ter uma estrutura adequada. Por exemplo, na região do Centro de São Paulo, exatamente a região onde fica a Mango Tree, isso fica muito claro.
O Centro de São Paulo é uma região na qual os apartamentos estão cada vez menores e totalmente inviáveis para se ter um espaço profissional que, muitas vezes, ainda precisa ser compartilhado por mais de um membro da família. Para este público, a solução é adotar o coworking definitivamente considerando, até mesmo, uma sala privativa.
Seja qual for o seu perfil de trabalhador remoto, você pode conhecer como é o dia a dia e as vantagens da Mango Tree, já que oferecemos uma diária cortesia. Aproveite, entre em contato e venha tomar um café com a gente!