O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, traduz a luta das mulheres pela igualdade de direitos, tratamentos e oportunidades. Trata-se de uma celebração dos avanços das mulheres dentro da sociedade, na participação política e econômica – algo que ainda está em curso, mas que já mudou muito nos últimos anos.
A data, oficializada pela ONU em 1975, já era comemorada antes em alguns países. Foi definida por representar a conquista de mulheres russas ao voto, em 1917: após uma greve feita por elas, o czar abdicou e o governo provisório concedeu às mulheres o direito ao voto. Mas também marca a causa operária levantada por mulheres ao redor do mundo.
Fato é que, ao longo da história – e ainda hoje –, as mulheres precisaram lutar por seus direitos, para terem espaço igualitário na sociedade. E alguns nomes foram fundamentais para fazer a diferença no mundo e mostrar toda a capacidade feminina. São exemplos de luta e perseverança que podem inspirar a todos.
A Mango Tree, coworking localizado no centro de São Paulo, elencou algumas mulheres que fizeram a diferença e podem ensinar muito sobre perseverança e coragem de fazer algo pela primeira vez. Confira!
Mulheres que fizeram a diferença na história
Marrie Curie
Nascida em 1867, Marrie Curie mostrou o quanto a colaboração de mulheres pode ser importante para a ciência. A cientista polonesa dedicou-se por completo ao estudo da radioatividade e descobriu dois elementos da tabela periódica, o Polônio e o Rádio.
Ao mostrar seu valor, conquistou o posto de primeira professora admitida na Universidade de Paris. Além disso, recebeu duas vezes o Prêmio Nobel, um de química e um de física. Falecida em 1934, foi a primeira mulher a ser enterrada no Panteão de Paris por méritos próprios. Não à toa, está entre as mulheres que fizeram a diferença na luta pela igualdade.
Ada Lovelace
Matemática e escritora inglesa, Ada Augusta King, a Condessa de Lovelace, viveu entre 1815 e 1852 e foi a criadora do primeiro algoritmo desenvolvido para ser processado por uma máquina. Por isso, atualmente, é considerada a mãe da computação. Por trabalhar junto com o cientista Charles Babbage, a máquina ganhou o nome de “máquina analítica de Babbage”.
Valentina Tereshkova
Primeira mulher a ir ao espaço, a russa nascida em 1937 não era a mais instruída da equipe, mas destacou-se por ser muito boa paraquedista. Isso fez com que ela fosse a escolhida para ir ao espaço com a nave Vostok VI. É dona de duas condecorações nacionais: Ordem de Lenin e Herói da União Soviética.
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Malala Yousafzai
Pessoa mais jovem a receber um Prêmio Nobel, a paquistanesa Malala nasceu em 1997 e é, atualmente, a representação da luta feminina em locais onde o radicalismo religioso se faz presente.
Já aos 11 anos, a ativista escrevia relatos sobre ações talibãs. Lutando para não ter que submeter-se às regras dos radicais, Malala sofreu um atentado e levou três tiros na cabeça quando tinha 15 anos. Isso não a calou e ela segue defendendo o direito das mulheres e o estudo ao redor do mundo para que as mulheres continuem fazendo a diferença.
Maria da Penha
Responsável pela criação da lei que protege a vida de milhares de brasileiras atualmente, Maria da Penha quase foi quase assassina pelo ex-marido por duas vezes. Durante 20 anos lutou por justiça e, em 2006, viu a lei que pune a violência doméstica ser batizada com o seu nome.
Além de mudar o rumo de muitas mulheres brasileiras, Maria da Penha é coordenadora de uma ONG que acolhe vítimas de violência doméstica.
Kathrine Switzer
Nascida em 1947, Kathrine Switzer está entre as mulheres que fizeram a diferença e mudaram o rumo do mundo. Ela desafiou as regras e se tornou a primeira mulher a correr uma maratona nos Estados Unidos, em 1967. À época, apenas homens estavam permitidos de participar da competição, mas ela colocou-se no meio dos competidores e conseguiu correr.
Após concluir a maratona, criou a Fundação 261 Fearless, com o objetivo de apoiar a igualdade de gênero dentro do esporte.
Sarla Thakral
Nascida na Índia em 1914, Sarla casou-se com um piloto de avião, que a incentivou a pilotar. Usando um sari, roupa típica indiana, ela marcou a história ao torna-se a primeira indiana a pilotar um avião. Mais tarde, conquistou a licença para pilotar. Foi responsável por abrir espaço no mundo da aviação para as mulheres indianas.
Rosa Parks
Na década de 1950, algumas cidades americanas possuíam uma lei para dividir os assentos dos coletivos entre pessoas brancas e pessoas negras. Mas Rosa Parks teve o ato de coragem de não levantar-se para dar lugar a um homem branco. Essa atitude culminou na sua prisão, mas a transformou em um símbolo dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.
Após o ocorrido, foi iniciado o movimento “Boicote ao Ônibus de Montgomery”, na qual a comunidade negra parou de usar o ônibus até que a segregação chegasse ao fim.