Quando dizem que o empreendedor precisa saber um pouco de tudo não estão mentindo. Pincipalmente quando se trata das tarefas administrativas, determinantes para o sucesso de uma empresa. Entre elas está a gestão financeira que, apesar de ser vista como um verdadeiro pesadelo por muitos, deve ser encarada de frente – e com muita responsabilidade.
Administrar o caixa é a tarefa mais importante dentro da administração do negócio, afinal, é assim que haverá recursos para pagar as contas e investir no crescimento. Um fluxo de caixa saudável é responsável por trazer resiliência e capacidade de adaptação para a empresa.
Diante do momento atual de incertezas econômicas e políticas a nível mundial, isso é ainda mais importante. Jayme Vasconcellos, economista da Eagles Consultoria, explica que há um aumento da inadimplência e do endividamento no Brasil.
“As empresas estão correndo risco de sofrer furo de caixa, ou seja, não receber pelo produto ou serviço entregue. Por isso o capital de giro não pode estar muito baixo. Uma empresa pode viver dois, três meses sem lucro, mas não sem fluxo de caixa – que é, inclusive, um dos principais fatores de mortalidade das empresas”, afirma o especialista.
Diante de tamanha importância, buscar compreender o que é gestão financeira e aplicar o conhecimento de forma efetiva no dia a dia é dever do empreendedor. Sabendo disso, a Mango Tree, um coworking no centro de São Paulo, preparou este artigo para te ajudar esclarecendo os seguintes pontos:
- O que é a gestão financeira de uma empresa?
- 7 dicas para ter uma boa gestão financeira
- A importância de ter organização no dia a dia
O que é a gestão financeira de uma empresa?
Como foi dito anteriormente, a gestão financeira é a tarefa administrativa mais importante de uma empresa. Ela consiste em realizar o planejamento financeiro, gerir contas e pagamentos, fazer a contabilidade, realizar a gestão de riscos (olhando para o micro e macroambiente), entre outras atividades.
Dessa forma, o trabalho vai muito além de controlar os valores que entram e saem do caixa da empresa. É algo estratégico, que precisa envolver desde uma pesquisa constante de fornecedores em busca de gastar menos e manter a qualidade, até um estudo de regimes tributários para diminuir as despesas com impostos.
Para simplificar: realizar a gestão financeira de uma empresa é organizar e monitorar todos os recursos financeiros de forma estratégica, estando atento a melhorias e ameaças. Cada setor ou porte de empresa pode precisar dar uma atenção maior a determinado ponto, mas a premissa vale para todos.
7 dicas para ter uma boa gestão financeira
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Esteja preparado, estude constantemente
Todo empreendedor precisa ter, no mínimo, uma noção do que é gestão financeira. Compreender indicadores financeiros, saber definir os KPIs corretos para monitorar os negócios e ter a capacidade de atuar estrategicamente na contabilidade e no planejamento financeiro são algumas das habilidades importantes para manter o negócio saudável.
Há diversos cursos disponíveis, inclusive gratuitos. Um exemplo é o do Sebrae, que tem como principal objetivo permitir que o empreendedor consiga fazer boas análises e controle das atividades financeiras da empresa.
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Separe as finanças pessoais e as da empresa
Movimentações financeiras pessoais não podem se confundir com as da empresa. Contas, cartões e investimentos devem estar separados, ou seja, um para pessoa jurídica e um para pessoa física.
Dessa forma, evita-se perder o controle do dinheiro e utilizar montantes que deveriam ser investidos nos negócios para a vida pessoal.
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Faça um planejamento financeiro detalhado
Planejar significa elaborar um plano, um roteiro. O planejamento financeiro da empresa é, então, as definições das estratégias, objetivos e metas para a área.
Ter cada passo detalhado é essencial para que o planejamento saia do papel. Por exemplo, se o objetivo for a redução do custo dos fornecedores, é preciso que todos saibam quais as estratégias serão utilizadas para tal e quais métricas irão monitorar a evolução do plano.
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Faturamento x Lucro
Faturamento e lucro não são sinônimos, apesar de serem tratados como tal por muitos. Enquanto o primeiro representa todo o valor arrecadado pela empresa em determinado período, o segundo deve ser tratado na ótica da liquidez – ou seja, o que pode ser convertido em caixa.
O lucro líquido é a diferença entre faturamento e custos variáveis do negócio. É esse valor que definirá o capital de giro disponível para realizar investimentos.
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Controle o capital de giro
Capital de giro é o valor disponível no caixa subtraído das despesas (presentes e futuras) do negócio. Quanto maior o capital de giro, mais resiliente e consolidada é uma empresa.
Ter um controle afinado do capital de giro permite tomar decisões mais acertadas. Um exemplo é a definição da quantidade de estoque que pode ser mantido de forma segura, sem atrapalhar o fluxo de caixa com mercadorias “paradas”.
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Monitore diariamente
A área de gestão financeira é muito dinâmica e mudanças grandes podem acontecer de uma hora para outra, por isso, monitorar tanto os indicadores externos quanto os internos é essencial. Mas não é só.
O monitoramento das métricas e do caixa (valores que entraram, que vão entrar e os que saíram e vão sair) também precisa ser diário. Só assim será possível compreender a atual situação da empresa e tomar ações rápidas em casos de risco.
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Fique atento à economia brasileira e mundial
Os rumos das economias brasileira e mundial podem afetar – e muito – uma empresa, mesmo se ela for de pequeno porte. Afinal, são fatores que influenciam no comportamento de consumo e na confiança do mercado.
Inflação, taxa de juros, níveis de confiança (empresarial, da indústria e do consumidor), desemprego e variação do dólar são alguns dos indicadores econômicos que pedem atenção.
A importância de ter organização no dia a dia
Para conseguir colocar em prática todas as sete dicas, o empreendedor precisa ter organização. As tarefas diárias relacionadas à gestão financeira devem estar bem-definidas, inclusive com o período do dia que será dedicado a elas.
Olhar para essa responsabilidade como uma obrigação do dia a dia pode ser algo desmotivador, por isso a saída é adotar o mindset de que o cuidado com a área financeira é um ingrediente importante para realização do sonho como empreendedor.
Além disso, outras coisas podem ajudar na tarefa. Existem diversas ferramentas financeiras disponíveis no mercado, que usam tecnologia para tratar dados, automatizar processos e, assim, facilitar o controle.
O cowoking também aparece como facilitador para os empreendedores. Um contrato para utilizar uma das opções de espaço compartilhado significa diminuir o volume de preocupação com as questões financeiras. Isso porque contas como água, luz, internet e aluguel se tornam uma só.
Estando nesse tipo de espaço, o empreendedor ainda deixa de ter que se preocupar com limpeza do escritório ou tinta para a impressora, sobrando mais tempo para planejar o que realmente importa.
Venha conhecer a Mango Tree, um coworking na República, no centro de São Paulo, e comece por facilitar a sua vida.