Nas últimas décadas as empresas viveram em um mundo considerado VUCA, ou seja, volátil, incerto, complexo e ambíguo. Porém, a velocidade das mudanças, principalmente com a pandemia, tornou essa visão insuficiente para entender a realidade dos negócios. Surge, então, uma nova denominação: o mundo BANI.
Desenvolvido pelo antropólogo futurista Jamais Cascio, BANI significa “Brittle, Anxious, Nonlinear, Incomprehensible”, que, em tradução livre, retrata o mundo como frágil, ansioso, não-linear e incompreensível. Essa seria a nova “receita” para empresas desenharem estratégias inovadoras com potencial para prosperar.
“Estamos em uma era de caos, que intensamente, quase violentamente, rejeita a estrutura. Não se trata de uma simples instabilidade, mas de uma realidade que parece resistir ativamente aos esforços para entender o que está acontecendo. Este momento demonstra a necessidade de um novo método ou ferramenta para entender as formas que essa era do caos toma”, diz Cascio em artigo oficial que divulga o acrônimo.
O antropólogo futurista explica que ferramentas como o BANI são criadas para gerenciar os níveis de mudança, desde cenários futuros até simulações, pensamentos e mudanças. Tudo isso permite a uma empresa pensar, trabalhar e responder de acordo com o que o mundo pede, a partir da compreensão do que poderia acontecer.
Por dentro do mundo BANI
Antes de qualquer coisa é preciso entender o que de fato significa os termos frágil, ansioso, não-linear e incompreensível do mundo BANI.
Brittle – Frágil
Para Jamais, ser frágil é estar suscetível a falhas repentinas e catastróficas. Isso significa que até as empresas mais robustas podem, inesperadamente, sofrer um ponto de ruptura e ver tudo “desmoronar”. Ao contrário de resiliente, um sistema frágil pode sinalizar força mesmo que esteja perto do colapso segundo mundo BANI.
Essa fragilidade é causada pelo esforço de maximizar a eficiência e extrair tudo que é possível de dinheiro, energia, trabalho. Surge também da dependência de uma competência singular.
“Quantos sistemas considerados fundamentais para a sobrevivência humana podem ser considerados, razoavelmente, frágeis? Redes de energia? Comércio global? Comida? Se a fragilidade vem da ausência de um amortecedor para falhas, então qualquer sistema que dependa da produção máxima corre o risco de entrar em colapso se a produção cair”, afirma Cascio.
Anxious – Ansioso
A fragilidade do mundo faz com que a ansiedade seja uma doença comum na sociedade atual. Isso se reflete no trabalho, principalmente no momento de tomadas de decisões, que podem ser passivas pelo medo de escolher errado, apressadas pelo senso de urgência ou ainda gerar insegurança por ter que confiar em outra pessoa para fazer a tarefa. Ter controle se torna uma utopia no mundo BANI.
Nonlinear – Não-linear
No mundo não-linear, pequenas decisões podem ter grandes consequências, apesar de causa e efeito serem aparentemente desconectados ou desproporcionais. Isso fica claro, por exemplo, quando se lembra do início da pandemia e da rápida contaminação experienciada.
Incomprehensible – Incompreensível
Muitas vezes, todo este movimento é difícil de entender. Mesmo com dados e Big Data, a sobrecarga de informações culmina na incompreensibilidade. Além disso, o desenvolvimento de tecnologia e inteligência artificial pode chegar no estágio em que o código ensinado pelo humano aprenda mais do que as regras pretendidas e nem o próprio programador saiba explicar o sistema. Mas, o que é incompreensível agora não significa ser incompreensível para sempre.
O que as empresas podem fazer?
Levando para o dia a dia de um negócio, o mundo BANI pode ser visto nos clientes ou nos próprios colaboradores. Eles são frágeis e ansiosos porque sabem que tudo pode mudar a qualquer momento, não-lineares porque tomam decisões de acordo com o que estão vivendo no momento ou planejam para o futuro e incompreensíveis porque, muitas vezes, nem mesmo as pessoas entendem a elas mesmas.
Cabe às empresas entender essas variáveis e criar estratégias para enfrentá-las da melhor forma. Um exemplo é a preocupação com a experiência do funcionário, de forma que ele crie confiança em relação à empresa e acredite no potencial de crescimento, bem como tenha segurança para sugerir inovações e participar de decisões. O canal de diálogo aberto é o início para tudo isso.
Em paralelo, torna-se necessário estar atento aos movimentos do mercado e às tendências de comportamento. A grande quantidade de informações resulta na incompreensibilidade, mas um filtro assertivo para análise destas pode auxiliar na antecipação de necessidades e, consequentemente, em ações que levam ao crescimento do negócio.
Como estar em um coworking pode ajudar?
Nesse sentido, é preciso estar preparado para lidar com o mundo BANI. Isso começa no mindset da empresa e chega no ambiente em que ela escolhe para se inserir. Modernidade, networking, colaboração, inovação e conforto são alguns dos ingredientes indispensáveis para qualquer estratégia que tenha por objetivo prosperar diante da fragilidade, ansiedade, não-linearidade e incompreensibilidade.
Os espaços de coworking ganham, então, importante função no desafio de enfrentar a nova realidade do mercado. Planejados para um trabalho dinâmico e confortável, os coworkings unem empresas de diferentes setores no mesmo lugar, incentivando o networking e a troca de experiências – fundamental para enfrentar as mudanças do mercado.
Com salas exclusivas, mesas compartilhadas, salas de reunião, cabines telefônicas, biblioteca, auditório e espaço de descontração, os coworkings oferecem um clima muito diferente dos escritórios tradicionais, o que ajuda todos da empresa a manter a vontade de fazer dar certo.
Quer entender como isso funciona no dia a dia? Marque uma visita e venha conhecer a Mango Tree, um coworking no centro de São Paulo, na República. Mais do que ter um bom produto ou serviço para oferecer, é preciso estar preparado de todas as formas possíveis para lidar com as necessidades do presente e do futuro.