Você enxerga seus colegas de trabalho como concorrentes? Você olha para as soluções ou estratégias deles e sente que precisa “os ultrapassar”? Ou que você tem que “ser melhor que eles”? A resposta para essa pergunta é a diferença entre ser um profissional competitivo ou colaborativo.
Sim, ser competitivo muitas vezes é uma característica boa. Ela te instiga a dar o melhor de si, superar obstáculos e ser o melhor no que você faz. Um estudo analisou a performance de arqueiros cujo principal rival estava presente no evento. Impressionantemente, a presença dos concorrentes estimulou os atletas, que perfomaram muito melhor do que quando seu principal rival não estava presente. Mas, quando a competitividade passa dos limites, sua carreira pode estar em risco. Isso porque essa postura muitas vezes prejudica sua relação com os colegas de trabalho, gera obsessões e pode até mesmo te levar a desenvolver doenças psicológicas.
Logo, você precisar ser capaz de identificar quando ser competitivo deixa de ser uma vantagem e passa a te prejudicar.
Essa é uma questão muito subjetiva. Cada pessoa conhece seus limites e estabelece o que considera uma conduta aceitável. O que pode ser uma postura tóxica em um ambiente, pode ser encorajada em outros. Mas alguns sinais mentais podem te ajudar a identificar o momento em que isso se torna um problema para você.
Quando ser competitivo se torna um problema?
Você acredita que o seu caminho sempre é único e melhor que todos os outros? Bem, você está equivocado. Se os seus concorrentes estão se saindo melhor que você é porque suas estratégias são mais eficazes – e você deveria reconhecer o mérito disso.
Sempre há outras maneiras de olhar para um problema, e cada abordagem pode gerar resultados diferentes. Logo, quando você vê o caso de um “rival” se dando bem, você deveria estar aberto para estudar sua estratégia.
Ser competitivo demais pode te deixar intimidado, ou até com ciúme do sucesso alheio. Afinal, por que eles estão tendo sucesso e você não? Esses sentimentos nascem a partir de uma insegurança sua, muitas vezes oriunda do fato de que você se compara os outros. Assumir esses sentimentos é um passo importante para superá-los. Eles só prejudica sua carreira e não irão trazer nenhum benefício.
Outro efeito colateral disso é que você passa a se concentrar demais nos outros e menos em você. Em vez de desenvolver a si mesmo e seu próprio negócio, você estará se remoendo pelo sucesso alheio. Logo, saiba que quando você sentir ciúme da vitória de outra pessoa, está tudo bem; mas não se leve isso a sério demais. Depois de perceber esse sentimento, descubra como superá-lo.
Como a competitividade prejudica sua carreira
Se você não consegue superar o ciúme, então você começa a trabalhar “para o concorrente” em vez de seu cliente. E não é o concorrente que paga suas contas, muito pelo contrário. Para eles, sua saída do mercado seria uma coisa positiva.
Em vez de se preocupar com o que “eles” estão fazendo, concentre-se no que seus clientes precisam. Seus clientes vieram até você em busca de ajuda, então você deve estar fazendo algo certo. Acima de tudo, você pode aprender com o que seus concorrentes fazem. Essa é uma forma muito eficiente de se descobrir por que está tendo esses sentimentos.
- O concorrente é melhor do que você? Por quê? Onde você está errando?
- Quais acertos dos seus concorrentes você pode trazer para seu negócio? Como você pode melhorar a ideia deles?
Ser competitivo demais também gera um ambiente de negatividade – ainda mais caso o alvo dos seus sentimentos seja um colega de trabalho. Esse clima hostil desestimula a comunicação, torna o trabalho o ambiente pesado para se estar e abaixa a produtividade. Logo, toda uma equipe pode se prejudicar por conta de uma única rivalidade interna.
Como ser menos competitivo?
Você decidiu mudar sua postura, ser menos competitivo e mais colaborativo? Então algumas dicas podem te ajudar nesse processo.
- Conheça seus sentimentos. Se pergunte quais são os motivos que te levam a se sentir competitivo ou ciumento.
- Repense sua competitividade. Enquanto você estiver se sentindo competitivo, se force a pensar nas coisas sob outra ótica. “E se, em vez de estar ciumento, eu estivesse feliz pela conquista dessa pessoa?”
- Pare de se comparar com outras pessoas. Você possui sua própria história, sua própria carreira e seus próprios méritos. Se comparar com outras pessoas estabelece um parâmetro de referência irreal, impedindo que você descubre quais são suas próprias prioridades e pontos de desenvolvimento.
- Não pense de forma binária. Nem tudo é branco ou preto, e costumamos pensar dessa forma quando estamos competindo com alguém. Ou a pessoa foi melhor, ou pior que você. Para você, nesses momentos não existe meio termo. Isso te faz ignorar as característica individuais da sua carreira e da alheia, ignorando seus próprios méritos e abaixando sua auto-estima.
- Aprimore sua auto-estima. Todos cometem erros ou possuem momentos difíceis em suas carreiras. Em vez de se martirizar por aquilo que não deu certo, encare seus fracassos com o entusiasmo de poder fazer as coisas de forma diferente dessa vez. E sempre tenha em mente qual é o seu valor como profissional.
Ser colaborativo é a melhor opção?
Quando você supera a ideia de que precisa competir com todos, também fica aberto a novas possibilidades.
Seus concorrentes podem fazer proveito da sua ajuda. E é melhor você lucrar com eles do que eles lucrarem sozinhos, não é mesmo? Ser competitivo demais pode fazer com que você se blinde a esse tipo de parceria, perdendo oportunidades e lucro – coisa que nenhuma empresa pode se dar o luxo de viver sem.
E, mesmo que não seja possível, uma postura amigável com seus colegas de trabalho ou outros empresários pode render frutos no futuro. Ser conhecido no mercado pela sua abertura, diplomacia e comunicação é algo extremamente bom. Quem sabe, no futuro, o seu ”nêmesis” não possa unir forças com você?
Como podemos te ajudar a criar uma cultura corporativa de colaboração?
Rixas entre funcionários são um dos maiores pesadelos de um gestor. Afinal, é um problema que não envolve capacidade técnica, mas sim relações corporativas. Como lidar com isso? Qual é a solução?
Desde o seu início, a Mango Tree se preocupa em prover um espaço de colaboração e troca entre seus residentes. Isso é feito estruturando um ambiente que promova a troca de informações, o contato visual e o tratamento humano. Mas a cultura de um coworking também corrobora para esse clima mais agradável.
O ecossistema que permeia a Mango Tree é plural, diversificado e consciente. O resultado disso é a criação de uma cultura corporativa que incentiva a formação de parcerias e vê com maus a competição tóxica.
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