Conhecido mundialmente como uma época de festa e alegria, o carnaval esconde um lado que poucos conhecem: as escolas de samba funcionam como grandes empresas. Na verdade, carnaval e empresas têm muito em comum – e um pode aprender com o outro.
A economia que gira em torno da festividade, por exemplo, sustenta diversas famílias e se estende por todo o ano. As escolas de samba possuem atividades paralelas para arrecadar dinheiro e investir no produto principal: o desfile anual na Sapucaí (Rio de Janeiro) ou no Sambódromo do Anhembi (São Paulo). Entre as de maior ticket estão as apresentações da bateria em festas de casamento, formaturas e eventos corporativos.
Há também eventos que mantêm o carnaval e a paixão pela festa vivos mesmo que “fora de época”. Feijoadas abertas ao público nas quadras das escolas de samba são comuns. No Rio de Janeiro, em dezembro, o “Trem do Samba” já virou tradição: rodas de samba nos vagões e shows nas estações atraem um grande público.
Para se ter ideia, apenas nos quatro dias de folia propriamente ditos, devem ser injetados na economia carioca R$ 4,5 bilhões. O estudo Carnaval de Dados mostra ainda que um único dia de desfile no Sambódramo do Rio movimenta cerca de 20 mil pessoas. No total, 45 mil pessoas trabalham oficialmente no período.
Chicão Bulhões, secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação do Rio afirmou para a Agência Brasil: “Além de ser importante para a cultura do Rio, o carnaval é também motor para o desenvolvimento econômico. Trata-se de fonte de renda para milhares de famílias cariocas e gera emprego não só durante os dias de folia, mas também durante todo o ano”.
Para que tudo isso flua e resulte num desfile campeão, é necessário muito planejamento, dedicação, acompanhamento e tomadas de decisões inteligentes. Exatamente por isso, a Mango Tree, um coworking no centro de São Paulo, elencou o que as empresas podem aprender com o carnaval.
Carnaval e empresas: as semelhanças
A necessidade de inovar (sempre)
Todos os anos as escolas de samba desfilam um enredo diferente. O mais criativo, bem representado e apresentado sai campeão. A arte da reinvenção está no DNA do carnaval das avenidas e a inovação precisa ser cíclica.
Desde o enredo até os carros alegóricos, as fantasias, o samba e a coreografia, a inovação deve fazer parte de cada ala e integrante. Afinal, mais do mesmo torna o desfile entediante e as consequências podem ser o que todos temem: um rebaixamento, por exemplo.
Nas empresas, não é diferente. Se não há inovação, seja de produtos, serviços ou até atendimento, o cliente procura a concorrência. A experiência que encanta o cliente não é a mesma de ontem e não será a mesma de amanhã, o mercado têm evoluído rapidamente e quem não se preocupa com todos os detalhes de uma jornada é rebaixado, não sobrevive.
Todos em um só ritmo
Um dos principais quesitos analisados pelos juízes é a harmonia. Enquanto a bateria toca, os mais de 2.000 integrantes do desfile devem cantar o samba enredo em uníssono. Outro é a evolução, que avalia a progressão das alas de acordo com o samba cantado e o tempo estipulado para o desfile.
Todos precisam seguir em um só ritmo, com sorriso no rosto e muita diversão. Mas, ao mesmo tempo, se preocupando em avançar sem muita pressa ou muita lentidão, para não deixar “buracos” no meio do caminho.
No dia a dia de uma empresa, uma equipe que “veste a camisa” – ou a fantasia – e trabalha em conjunto com um objetivo em comum traz mais resultado. Colaboradores motivados, que entendem, concordam e seguem a cultura da empresa, são mais produtivos, eficientes e criativos. Além disso, entendem e seguem prazos estipulados para que os outros não sejam prejudicados.
Buscar envolver todos da empresa para que esta funcione em um só ritmo é uma das tarefas mais desafiadoras dos líderes, mas a recompensa é alta. Pode-se conquistar o primeiro lugar do mercado ou estar entre as empresas campeãs.
Planejar é o começo de tudo
A necessidade de alcançar quase que a perfeição durante um desfile não deixa espaço para as escolas de samba improvisarem. Tudo é planejado antes. Fantasias, ordem dos carros, alas de destaque, tudo precisa estar muito bem planejado para que, na prática, a apresentação entregue seja harmônica e ritmada. O improviso é reservado única e exclusivamente para situações inesperadas e de última hora.
Para o mundo corporativo, o planejamento tem importância semelhante. Trata-se da importância de criar um “norte” para a empresa, ter a capacidade de avaliar os resultados e, se necessário, recalcular rotas com tempo hábil para que os negócios tragam bons resultados.
O planejamento tem um significado para carnaval e empresas: é a ferramenta para que todos sigam no mesmo ritmo e tenham a possibilidade de tornarem-se campeões.
Ensaiar, ensaiar e ensaiar
Ensaio na quadra própria, na rua e na avenida. As escolas de samba fazem centenas de ensaios gerais para que todos os integrantes do desfile entendam como a apresentação evoluirá, e estejam com o samba enredo na ponta da língua e nos pés.
Ninguém é muito bom no que faz logo de primeira. É preciso ganhar experiência, aprender com erros e acertos. E nada melhor do que ensaios ou testes A/B para alcançar uma fórmula de sucesso.
A união faz a força
Um desfile de escola de samba nada seria sem os integrantes: baianas, porta-bandeiras, integrantes e motoristas dos carros alegóricos, ritmistas e até os organizadores que ficam na lateral organizando a passagem das alas. É o conjunto que traz a magia do carnaval, admirada nos quatro cantos do mundo.
No mercado, nenhuma empresa é independente e sobrevive sozinha. Tudo está interligado, e parcerias entre marcas são essenciais. Um exemplo é a necessidade de fornecedores de serviços ou materiais, importantes para o funcionamento da engrenagem empresarial.
E essa ligação vai muito além. Empresários que não criam um bom networking, que não se comunicam com o resto do mercado, passam desapercebidos. A necessidade dessa interação é diária, não à toa os coworkings ganham cada vez mais adeptos.
Os espaços de trabalho compartilhados unem empresas e profissionais de diferentes ramos e setores, estimulando a troca de conhecimentos e parcerias. Nesses locais, a união faz a força. É o que acontece na Mango Tree, um coworking no centro de São Paulo.
Quer começar a colocar os ensinamentos das semelhanças entre carnaval e empresas na prática? Marque uma visita na Mango Tree e venha fazer parte desse time.