O mundo está cada vez mais digital, é verdade. Mas, ao mesmo tempo em que o home office passa a fazer parte do dia a dia das empresas, o físico mostra a sua importância. Olho no olho, experiências mais calorosas e manutenção de uma cultura organizacional, estão levando as empresas a repensarem o modelo 100% remoto. Nesse sentido, a busca para alugar imóvel comercial está reaquecendo, mas de uma forma diferente.
Diante de uma realidade cada vez mais phigital, ou seja, que une online e off-line nas tarefas mais simples do dia a dia, o comportamento e es expectativas das pessoas mudaram. A jornada de relacionamento com uma marca é, geralmente, iniciada no digital. Nessa toada, o espaço físico que as empresas precisam também mudou. Por isso é preciso ter cuidado na hora de alugar imóvel comercial.
Genys Alves Jr, advogado e consultor imobiliário, explica o novo cenário. “Com a pandemia, houve uma crise drástica em relação aos pontos comerciais, que ficaram fechados. Nesse tempo, houve uma mudança comportamental das pessoas e, o home office, que era uma simples restrição de circulação, acabou virando uma prática comum que, mesmo após a fase mais crítica da pandemia, continuou na prática. O mercado vem retomando o presencial aos poucos, mas uma empresa que antes tinha 300 pontos de trabalho, hoje funciona com tranquilidade com 60 pontos num processo de trabalho híbrido e rodízio”, explica.
Uma pesquisa realizada pela Microsoft corrobora a fala de Genys Alves. De acordo com o relatório anual Microsoft Work Trend Index, no Brasil, 47% das empresas planejam exigir um retorno ao trabalho presencial. Porém, em paralelo, 58% dos colaboradores consideram o modelo híbrido ou remoto. Com a diferença de expectativas, o caminho que deve ser mantido é o do equilíbrio, ou seja, o híbrido.
Claro que a realidade é diferente para cada setor. Restaurantes, bares, salões de beleza, entre outros, trabalham em espaços físicos e não podem fugir disso. Mas até esses negócios sofreram algumas transformações. É o que explica Genys Alves: “Salões de cabelereiro, por exemplo, estão mudando das ruas para as salas comerciais. Isso é interessante porque pelo mesmo valor que esse empreendedor pagava por um ‘ponto’ na rua, ele passa a ter mais segurança, serviço de estacionamento para o cliente, café no mesmo prédio. Tudo isso passa a ser uma oportunidade para oferecer uma melhor experiência para o cliente”.
Assim, ao decidir por alugar um imóvel comercial, o empreendedor precisa entender o cliente, suas necessidades, bem como buscar conhecer as melhores alternativas para realizar um investimento inteligente. Entre os principais tipos de imóveis comerciais estão:
- Salas comerciais: geralmente localizadas em prédios comerciais, podem atender profissionais liberais de diversas áreas. Nesses casos, é importante atentar-se para questões de segurança, regras do condomínio, infraestrutura, localização, entre outros aspectos.
- Coworking: espaços de trabalho compartilhado que têm ganhado cada vez mais adeptos. Oferece opções de estação de trabalho, sala privativa, sala de reunião, auditório – tudo a partir de contratos flexíveis. Nesses locais, o empreendedor não precisa se preocupar com questões burocráticas (licenciamentos, endereço etc) nem com a gestão do espaço físico (limpeza, pagamento de conta de luz, água, internet etc).
- Lojas: espaços localizados na rua, em shopping, aeroportos, estações de metrô.
- Casas: podem ser transformadas na sede do escritório de uma empresa ou em coworkings.
- Andares corridos: o andar de um prédio comercial abriga diferentes equipes de uma determinada empresa.
- Galpões: utilizado por fábricas ou empresas que precisam ter grande quantidade de estoque.
Os principais erros na hora de alugar imóvel comercial
Independentemente do tipo de imóvel ou área de atuação, existem alguma características do imóvel que devem ser analisadas antes de firmar qualquer contrato. “É importante que o empreendedor busque sempre um corretor capaz de entender o ramo de atividade e considerar as necessidades do negócio. São várias as armadilhas que podem comprometer os negócios”, alerta Genys Alves Jr.
Entre os erros mais comuns está o fato de não atentar-se às exigências de certificação que uma determinada atividade pede. A lei brasileira é complexa e precisa ser compreendida para que não haja dor de cabeça. Genys explica que alguns ramos necessitam de autorização da Anvisa, certificação de conselhos regionais ou até regulamentação específica sobre o controle da qualidade de água da caixa d’água.
Outro é não levar em consideração desde o início os planos futuros para a empresa. A fim de evitar novos custos com mudanças ou reformas, o ideal é que o primeiro imóvel alugado apresente flexibilidade para atender o negócio dentro de um grande período de tempo. Tudo precisa ser levado em consideração para definir qual imóvel comercial é adequado ou não.
“Tenho visto muitos problemas, por exemplo, em relação à contratação de seguro para imóveis comerciais. Em muitas situações, as companhias vão ao imóvel e por causa do CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômicas), elas sequer fazem a vistoria. Porém, se no contrato de locação o empreendedor tem a obrigatoriedade de fazer o seguro do patrimônio, uma cláusula foi quebrada e o contrato pode ser rompido a qualquer momento”, explica Genys.
O especialista completa: “Existem critérios e fatores fundamentais para que a locação seja bem-sucedida e que o empreendedor tenha paz para exercer com maestria o ramo de atividades que deseja. Caso contrário, o empreendedor pode comprometer todo o capital a um risco desnecessário”.
Coworking como solução
Como pôde ser observado, o aluguel de um imóvel comercial tradicional demanda muita atenção e investimento. A fim de “fugir” das burocracias, ganhar flexibilidade e ter mais tempo para investir no próprio negócio, os empreendedores têm olhado para o coworking como solução para a volta ao trabalho presencial, mesmo que gradualmente.
Esses espaços, geralmente localizados em endereços nobres e de fácil acesso, oferecem uma estrutura de trabalho completa com mesas de trabalho, salas privativas, salas de reunião, auditório, locais de descontração, bem como limpeza, recepcionista e facilidades como impressora. Tudo isso a um único preço, definido por um contrato flexível.
“A área de coworking é uma alternativa a se considerar na hora de escolher um ponto comercial. Eles possuem bom endereço e ambiente agradável, o que permite a pessoa desenvolver o seu trabalho com mais segurança, sem a necessidade de ocupar espaços desnecessários. Profissionais autônomos e da área de serviços, principalmente os que estão começando, devem considerar o coworking porque é ali que ele vai se estabelecer, conseguir encontrar os melhores clientes, ter um bom ponto comercial no cartão, ter uma pessoa para atender o telefone. Tudo isso sem ter que desenvolver grandes aparatos”, indica Genys Alves Jr.
A Mango Tree é um dos coworkings que podem facilitar a vida dos empreendedores. Localizada no centro de São Paulo, na República, oferece as mais diversas opções de espaços de trabalho – para quem está começando e para empresas que desejam voltar ao presencial. Marque uma visita e venha visitar o que será o seu próximo ponto comercial.