Empresas de diversos setores se viram obrigadas a romper com padrões estabelecidos para fazer frente, não somente às inesperadas demandas surgidas com a pandemia, como também, às mudanças globais e aos avanços tecnológicos que impulsionam a economia. Elas buscaram a inovação para se diferenciar em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico.
A estratégia é o pioneirismo, já que se antecipar a outras empresas na criação de soluções para atender às necessidades do cliente é uma vantagem competitiva. O objetivo do empreendedor é encontrar métodos eficazes para resolver problemas complexos, entender as dores da sociedade e criar soluções disruptivas.
Nessa busca, as organizações se deparam com muitos produtos semelhantes ou até idênticos aos seus, o que requer uma visão ampla e muita criatividade e ousadia para crescer e se destacar no seu ramo de negócio.
Com isso em mente, o que as empresas têm feito para se destacarem no meio de uma miríade de opções semelhantes? A resposta a esta pergunta está nos três grandes temas que vão direcionar a competitividade dos negócios entre 2020 e 2030: a transformação digital, a gestão de uma cultura de inovação e a indústria 4.0.
Qual tipo de inovação adotar?
Inovar vai desde criar algo novo até melhorar algo já existente: produtos, serviços, sistemas, estruturas, processos e afins, sempre com o objetivo de obter melhores resultados e gerar mais valor e impacto para a empresa, consumidores e sociedade como um todo, transformando comportamentos e hábitos de consumo.
Conforme o Manual de Oslo, uma publicação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), considerada como referência mundial para os conceitos e metodologia para analisar a inovação nas empresas, a inovação pode ser definida como: “…um produto ou processo novo ou aprimorado (ou uma combinação dos dois) que difere significativamente dos produtos ou processos anteriores da empresa e que tenha sido introduzido no mercado ou colocado em uso pela empresa”.
A inovação de fato, só acontece quando ela é colocada em uso ou disponibilizada para o uso de quem quer que seja. Ela precisa sair do papel, ser colocada em prática. Inovar é converter uma ideia em solução com criatividade.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 33,6% das empresas brasileiras são inovadoras. Para o IBGE, “uma empresa é considerada inovadora quando introduz no mercado um produto ou implementa um processo novo ou substancialmente aprimorado”.
Apesar do conceito de inovação ser amplo, há um consenso sobre quais são os principais “graus” ou categorias de inovação:
- Inovação incremental: é fazer melhorias pontuais em algo que já existe. Uma espécie de melhoria contínua, normalmente, de pouco impacto e baixa complexidade. A ideia é não arriscar muito, mas manter-se competitivo e atualizado;
- Inovação radical: algo novo é criado, o que provoca uma mudança na forma como o mercado enxerga uma marca, produto ou serviço;
- Inovação disruptiva: embora seja similar à inovação radical, ela se diferencia pela “ruptura” na forma como algo era feito antes e pelo uso de novas tecnologias para resolver problemas antigos.
- Inovação aberta: a ideia é ampliar o conceito de inovação por meio da colaboração entre empresas, órgãos públicos e pessoas de fora da organização para a criação ou melhoria de produtos e serviços.
Cada uma da sua maneira, as empresas buscam aplicar essas formas de inovação no dia a dia – e muitas se tornam grandes sucessos.
A inovação na prática
Netflix e Spotify
Esses são dois dos maiores exemplos de inovação radical – os serviços de streaming pagos por meio do modelo de assinatura. Quem se lembra da época em que era necessário alugar uma fita cassete ou DVD para assistir a um filme? Ou os vários CDs que ficavam guardados em casa e, muitas vezes, era difícil escutar a música que se desejava.
Pois é, essas empresas inovaram e permitiram que conteúdos sejam consumidos on demand, diretamente da smart tv, computador ou smartphone. Elas entenderam as dores do consumidor, tiveram a ideia para solucionar e usaram da tecnologia para implementar. Foram capazes de alterar o comportamento de várias gerações.
Uber, iFood, Nubank
Esses aplicativos de transporte e entrega de comida são exemplos de inovação disruptiva. Eles transformaram completamente a forma como as pessoas se locomovem e consomem alimentos.
A inovação disruptiva desestabiliza o mercado, já que é capaz de modificar o modo como ele opera e causar um grande impacto. Isso, impulsiona o surgimento de outras inovações, pois as demais empresas percebem que vão precisar se adaptar a essas novas tendências.
O surgimento dos bancos digitais provocou uma disrupção nesse modelo de negócio e movimentou todo o sistema. Bancos tradicionais precisaram se reinventar rapidamente para manter os clientes.
Samsung, LEGO e Apple
Essas três empresas merecem ser citadas, não apenas pelo sucesso com a inovação aberta, mas também por serem empresas dispostas a experimentar os próprios processos de inovação.
A LEGO cria produtos a partir de ideias dos fãs: a plataforma “Lego Ideas”, convida o público a enviar sugestões de novos produtos e participar de concursos. Qualquer pessoa pode construir um cenário, produto ou personagem de lego e enviá-lo na plataforma. Harry Potter, Friends e The Big Bang Theory são algumas das coleções da marca que fizeram sucesso nos últimos anos.
Já a Samsung, considerada uma das grandes empresas de inovação da atualidade, usa a inovação aberta em 4 categorias: parcerias, empreendimentos, aceleradoras e aquisições.
- Parcerias: colaboração entre empresas como startups do Vale do Silício, visando implementar novos recursos nos produtos existentes da Samsung.
- Empreendimentos: investindo em startups em estágio inicial. Além de trazerem receita, fornecem acesso às novas tecnologias das quais a Samsung pode se beneficiar.
- Aceleradoras: proporcionam às startups um ambiente moderno e capacitador para criar coisas novas.
- Aquisições: trazem startups que trabalham em inovações de áreas estratégicas da Samsung para o futuro.
A Apple, embora seja uma empresa mais fechada, ainda assim, usa a inovação aberta quando esta é considerada adequada à estratégia. Ela restringe a quantidade de abertura na inovação, ou seja, ela regula e controla sua inovação aberta para que os desenvolvedores de aplicativos possam criar seus produtos funcionando em seu próprio ambiente Apple.
Os usuários do Iphone têm os mais variados tipos de necessidades – saúde, jogos, notícias, livros, música etc. e, dessa forma, a Apple deixa a experiência do usuário acontecer exatamente da forma como desejam.
O papel do coworking na inovação
Os coworkings surgem como alternativas às tradicionais infraestruturas empresariais, trazendo inovação ao ambiente de trabalho. Esses espaços, criados inicialmente para atender às startups, têm se modificado rapidamente, principalmente com o avanço das novas tecnologias e do crescimento do trabalho remoto, em que não é mais necessário manter o negócio em uma estrutura física complexa e cara.
Esses espaços de trabalho compartilhado tratam-se, inclusive, de uma inovação incremental, voltada tanto à melhoria de processos internos das empresas quanto externos. O coworking se apresenta como uma alternativa ideal, não somente pelo espaço pronto e estruturado para receber os mais variados tipos de empresas, mas também pela flexibilidade dos contratos e pelo custo bastante atrativo e acessível, tanto para empreendedores autônomos, freelancers, pequenos, médios ou grandes empresários.
Já externamente, o coworking contribui para a inovação incremental na medida em que ajuda a melhorar a comunicação com os clientes, oferecendo um espaço propício para expandir networking. Além disso, o coworking otimiza a logística dos negócios ao oferecer tecnologias de ponta que garantem a excelência nos processos. Afinal, trabalhar em um coworking pode ser determinante para que uma empresa se destaque em relação aos concorrentes, com criatividade e inovação.
Venha conhecer o ambiente aconchegante e inovador da Mango Tree, um coworking no centro de São Paulo.