Nessa semana me deparei com uma demanda de um amigo empreendedor que estava disposto a comprar um prédio para montar a sede de sua pequena empresa de 20 funcionários. Decidi levá-lo para visitar o meu coworking, mas apesar de demonstrar as vantagens de ir para a Mango Tree, ele acabou optando pela compra do imóvel.
Talvez não tenha sido muito feliz na explanação ou talvez esse seja o sonho dele. O intuito desse artigo é de expressar com mais clareza a minha opinião sobre esse tema, sem a pretensão de ser o dono da verdade, ou seja, é simplesmente uma opinião que talvez possa gerar alguns insights para outras pessoas.
Então vamos lá:
Analise os seus custos e investimentos
“O coworking é mais caro!” Já escutei isso algumas vezes em algumas negociações, mas quando começo a perguntar para o empresário: Quanto você gasta de aluguel? E de condomínio? IPTU? Limpeza? Segurança? Recepcionista? Benefícios e encargos trabalhistas para segurança, recepcionista e limpeza, caso sejam funcionários da empresa? Material de copa? Água? Café? Outros custos não previstos?
Só em relação a esses custos mensais, geralmente, o coworking fica em média de 15 a 20% mais barato, além de você pagar praticamente uma única conta, ou seja, é mais fácil de gerenciar. Tempo é dinheiro, principalmente nos dias de hoje.
E se você pretende comprar? Quais são os itens que devem ser pensados?
Quanto você deverá gastar de custos advocatícios? Taxas contratuais e obrigatórias? Seguro-Fiança (caso precise)? Taxas bancárias (caso precise de financiamento)? Custo do financiamento? Mobiliário? Arquiteto? Engenheiro? Laudos de corpo de bombeiros e outros? Mão de obra e material para adequação do espaço (Elétrica, hidráulica e acabamentos), Decoração? Outros custos não previstos? E aqui não me refiro ao custo invisível mais importante de nossas vidas atualmente, o tempo (atraso de fornecedores, retrabalho e outras coisas mais).
A economia compartilhada, dentre várias coisas, sinaliza um movimento que cada vez mais as empresas e pessoas estão investindo recursos e tempo naquilo que é o seu foco principal.
Você prefere investir dinheiro e energia em coisas que lhe tragam retorno financeiro (novos projetos, desenvolvimento de tecnologia, desenvolvimento de equipe e outros) ou imobilizar os recursos?
Bom, vamos conversar sobre outras questões que envolve essa questão tão complexa para tomada de decisão.
Seu mundo x mundo em rede
Eis aqui um ponto que julgo um dos pontos mais interessantes para expansão do conhecimento e networking das pessoas. Alguns coworkings transpiram conhecimentos, conexões e negócios. Estamos cada vez mais escutando e “tentando” alocar tempo para que nós e nossos funcionários respirem e se conectem um pouco com as coisas diferentes que vêm acontecendo no mercado, mas nem sempre conseguimos reservar tempo para que isso aconteça.
Em uma cidade como São Paulo, por exemplo, para você se locomover de carro de um ponto a outro, às vezes, você demora de 2 a 3 horas, ou seja, praticamente perde um período do dia. Alguns coworkings, em virtude da ampla variedade de negócios instalados, ou seja, várias mentes diferentes envolvidas e devido a uma agenda robusta de geração de networking e conhecimento podem gerar uma parte importante desse movimento que você e seus funcionários precisam para se desenvolverem.
O simples fato de tomar um café ou um chopp no final da tarde com um empreendedor que tenha um pensamento diferente do seu, pode lhe abrir, desde que você esteja atento a isso, uma excelente oportunidade de negócio e/ou desenvolvimento. Estar na sua sede, seja ela alugada ou própria, é estar 100% na sua cultura, no seu jeito de fazer e no seu jeito de pensar. Isso é bom?
A importância do pensamento estratégico do espaço para melhoria de produtividade e conectividade
Pensar corretamente o porquê das cores e os impactos que você pretende causar no ambiente, o mobiliário, o lay-out e suas formas de interação, as possibilidade de espaço de ampliação de conexão social, a iluminação, dentre outros, são coisas que alguns coworkings, como a Mango Tree, buscaram muito antes de montarem seus espaços. Isso faz toda a diferença para ampliar a produtividade de sua empresa, bem como faz com que as pessoas tenham prazer em trabalhar nesses espaços.
A proximidade de metrôs, academias, variedade de lugares de alimentação, dentre outras coisas, são itens que nem sempre as empresas conseguem conciliar na aquisição de um espaço próprio ou alugado devido a falta de conhecimento ou dos altos custos envolvidos na compra de espaços localizados com essas características.
Outra variável envolvida nessa discussão refere-se aos ciclos ou fases de algumas empresas, ou seja, algumas empresas diminuem ou necessitam aumentar rapidamente as suas equipes em virtude de novos clientes e/ou devido a situação econômica. Em alguns casos, os coworkings têm mais flexibilidade para atender essas demandas. Imagine essa situação quando a empresa tem um imóvel próprio ou alugado e precisa reduzir muito a equipe? Isso é simples, mas espaço ocioso é custo. Imagine quando a quantidade de funcionários aumenta e a empresa não tem mais espaço? O que fazer?
Privacidade no coworking
Esse é outro ponto para reflexão em relação a aquisição ou locação de uma sede de sua empresa e estar em um coworking.
Em sua sede você pode modular exatamente de acordo com seu interesse de privacidade.
Alguns poucos coworkings também lhe dão essa possibilidade, mas em alguns casos você terá outras empresas ao seu lado ou a sua frente. Para tanto, lockers, salas de reuniões privativas ou cabines telefônicas, certamente podem auxiliar a sua empresa nesse contexto. Talvez tenham alguns vizinhos um pouco mais barulhentos, mas se for um coworking com uma boa gestão, certamente a administração tomará medidas em relação a isso, baseado no código de conduta ou convivência.
Bom, espero ter ajudado você a refletir um pouco sobre a sua possível tomada de decisão.